Chang Chieh-Kuan é fundidor de tipos e dono da Ri Xing Type Foundry, fundada pela família de Chang em 1969 e aparentemente a última tipografia que ainda produz tipos móveis de metal em Taipei, Taiwan.
Chang Chieh-Kuan mostra tipos de chumbo da Ri Xing type foundry
Foto de Rick Yi para o Taiwan Culture portal
Quando a Ri Xing foi fundada, Taipei tinha cerca de 5 mil oficinas do mesmo tipo. Aproximadamente 40 anos depois, restavam apenas 30 estabelecimentos do gênero.
Desde 1996, a Ri Xing não tem lucro; mas Chang tem um objetivo muito especial: preservar o último conjunto completo de moldes para fundição de caracteres chineses tradicionais em chumbo do mundo. Chang considera que esses moldes de cobre têm significado histórico e que sua preservação é vital para a proteção das origens da tipografia. Ele diz que os moldes são os bens mais valiosos de uma oficina de fundição de tipos.
Lead type makes an impression on paper that digital printing cannot.
It allows people to feel the weight and power of the character.
Tipo de chumbo e folheto publicado pela Ri Xing para que visitantes possam verificar o tamanho e estilo dos caracteres antes de procurar os tipos de chumbo nas prateleiras
Foto de Rick Yi para o Taiwan Culture portal
Um passeio pela Ri Xing Type Foundry
Entrevista com Chang Chieh-Kuan e passeio pela Ri Xing Type Foundry
Vídeo disponível no site da Al Jazeera
Alguns dos tipos de chumbo da Ri Xing estão à venda.
Por isso, se alguém for a Taiwan e visitar a Ri Xing Type Foundry, por favor compre alguns tipos por/para mim ;)
O endereço está lá no fim do post.
Ri Xing Letterpress Rehabilitation Project
A obstinação de Chang em preservar os moldes e tipos da Ri Xing deu frutos e aos poucos surgiram alguns voluntários que o ajudam com esse trabalho. Atualmente está em andamento o Projeto de reabilitação da tipografia Ri Xing (Ri Xing Letterpress Rehabilitation Project), que prevê a digitalização dos caracteres existentes, possibilitando não só a preservação desses caracteres mas também o aperfeiçoamento dos tipos de chumbo. Outro plano de Chang é criar um museu da tipografia para que todo o material da Ri Xing seja preservado e onde possam ser realizados cursos práticos que ajudem a manter a tipografia com tipos móveis de metal (aplicada aos caracteres chineses) viva para outras gerações.
Chang Chieh-Kuan explica aos voluntários como organizar os moldes e tipos da Ri Xing
Foto de Rick Yi para o Taiwan Culture portal
Maaaiiisss fotos
Ri Xing Type Foundry, Flickr gallerie por Aka.me
Ri Xing Type Foundry por Tomomi Sasaki
Ri Xing Type Foundry, Taiwan Culture portal
The Royal Press Visits Ri Xing Type Foundry
Ladies of letterpress in Taiwan
Ri Xing typography por Catherine_Sr
Ri Xing Typography Typecasting Shop por Mark Wu
Ri Xing typography por Melfunctioning
Fontes consultadas
Keeping the print press alive, Al Jazeera News (via The Center for Book Arts)
A few words about the Ri Xing Letterpress Rehabilitation Project, blog da Ri Xing
Ri Xing Type Foundry: preserving the true character of Chinese type, Taiwan culture portal
Just their type, Catherine Shu para o Taipei Times
Taiwan craftsman seeks to save printing heritage, Taiwan News
The last typography endeavor, Taiwan today
Chang Chieh-kuan: Doing everything to preserve typecast production, Xinhuanet
Pressing Forward: Rixing Type Foundry Defies Changing Times, Taiwan Panorama
Taiwan craftsman saving traditional lead type, The History blog
Blog da Ri Xing Type Foundry
Embora seja complicado entender os posts, ainda podemos ver os links e fotos ;)
Algumas coisas estão em inglês.
Ri Xing Type Foundry no Facebook
Entender os posts? Boa sorte para nós de novo!
Endereço da Ri Xing Type Foundry
13, Lane 97, Taiyuan Road, Taipei, Taiwan, 10356
Timothy Barrett é um pesquisador e fabricante de papéis artesanais reconhecido internacionalmente pelo importante trabalho que desenvolve.
É professor do Center for the Book da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, onde supervisiona a Research and Production Paper Facility e desenvolve a pesquisa Paper through time: nondestructive analysis of 14th through 19th century papers.
Timothy Barrett em sua oficina.
Foto de Samantha Contis para o New York Times (emprestada do site do New York Times)
O que originou esse post foi um artigo super interessante sobre o trabalho de Barret publicado pelo New York Times (valeu pelo link, Amauri!):
Can a Papermaker Help to Save Civilization?
Um trechinho do artigo:
Barrett’s connection to the old papers was becoming more than simply technical. It was emotional. He detected life in them. He once found the imprint of a person’s thumb on a page in a Renaissance book. “Maybe the papermaker was rushing to fill an order, and grabbed the corner of the sheet too firmly,” he said. “To me, that fingerprint marked the sheet with the humanity of the person who made it. I could feel his presence.”
Além do artigo, o New York Times também traz uma galeria de fotos que mostra um pouco do processo de trabalho de Barrett:
A Papermaker’s Craft
Embora pesquise assuntos relacionados à história do papel como um todo, Barrett possui interesse especial acerca das técnicas japonesas de produção de papel artesanal. Na década de 70, foi ao Japão estudar essas técnicas, a respeito das quais escreveu livros que são considerados referência sobre o assunto:
Nagashizuki: The Japanese Craft of Hand Papermaking
Foca nos processos técnicos utilizados na fabricação de papel no Japão e discute, entre outros tópicos, a questão da produção de fibras e as vantagens das fibras obtidas a partir de amoreiras jovens. “Nagashizuki” é o nome de um dos métodos utilizados para fabricação de papel artesanal no Japão. Publicado em 1979 e impresso em apenas 300 cópias numeradas sobre papel Nagashizuki, esse livro está infelizmente esgotado, mas ainda pode ser encontrado à venda por preços em torno de US$400. Segundo informações presentes no próprio livro, os exemplares foram encadernados por E. G. Parrot II e o papel decorado utilizado na capa foi feito no Japão por Seidayu Kodo.
Japanese Papermaking: Traditions, Tools, Techniques
Baseado na pesquisa que Barrett realizou no Japão sobre a história do papel e na sua experiência como papeleiro; esse livro é considerado inovador (para o público ocidental) e bastante abrangente, incluindo conhecimentos essenciais sobre as qualidades do papel japonês feito à mão e instruções sobre a construção das ferramentas necessárias à fabricação de papel segundo os métodos artesanais utilizados no Japão.
Publicado pela primeira vez em 1983, ainda está disponível para compra:
A Schøyen collection é uma coleção particular de manuscritos que disponibiliza em seu site imagens e descrições de parte do fantástico acervo que está sob sua guarda.
Manuscrito indiano em papel, séc. XVII
Selo cilíndrico em ágata, cuja datação está situada entre 2000 e 1600 a.C.
O ponto forte dessa coleção é a presença de manuscritos muito antigos sobre os mais diversos suportes utilizados pelo homem para registro de informações. Segundo o site, a Schøyen collection é a maior coleção particular de manuscritos formada no século XX, sendo constituída de 13.717 items, dos quais cerca de 740 estão representados no site.
Mais um exemplo da diversidade dessa coleção, um manuscrito sumério em argila do séc. XXXII a.C. :
Esses são apenas alguns exemplos dos itens que aparecem no site.
Vale a visita!
Estou completamente apaixonada pelas lindas esculturas tipográficas cinéticas do Ebon Heath (via Liber chronos/Peter Lüssenheide).
“What does it look like when our letters are liberated from the two dimensional page (or screen) to express their unique content?”
Acho que as letras dançantes parecem borboletas tipográficas:
Veja outras imagens lindas e saiba mais no site do Ebon Heath.
Bom passeio :)
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