O Fórum Internacional de Conservação do Moderno ao Contemporâneo – A Memória do Futuro: Um primeiro olhar sobre a realidade nacional, pretende contribuir para ampliar a troca de informações entre especialistas, curadores, cientistas, artistas e restauradores, além de incentivar processos de formação e capacitação de recursos humanos.
O evento pretende destacar as práticas de conservação adotadas por museus e instituições privadas na atualidade e incentivar uma reflexão sobre a obra e o artista, discutir as mudanças das concepções museológicas provocadas pela arte contemporânea de caráter efêmero e experimental. Os debates em sua essência tratarão da conservação, desde as questões deontológicas em relação ao artista e ao seu projeto de arte, concepção e conservação, com ênfase nos desafios para o restaurador e para a conservação preventiva, considerando os espaços expositivos e de armazenamento.
Quando: 22 a 24 de setembro de 2010
Onde: Museu Oscar Niemeyer, Curitiba/PR
Inscrições: até 19 de setembro de 2010
Quanto: varia de R$200 a R$400, consulte o valor das inscrições aqui
Mais informações: www.forumartecontemporanea.com
Logo após o fórum, será realizado o workshop “Os papéis translúcidos do século XX: produção, conservação e restauração”, sob orientação do professor Antonio Mirabile, aberto somente a conservadores-restauradores.
Durante a FLIP 2010 (no dia 6 de agosto), aconteceu a mesa “O livro: capítulo 2“, com Robert Darnton e John Makinson.
A mesa foi bem interessante (vista através da transmissão ao vivo pela Internet, disponibilizada no site oficial da FLIP) e o Prosa & Verso online, do jornal O Globo, traz um artigo que resume bem as principais questões abordadas durante a mesa e o ponto de vista dos participantes:
Darnton e Makinson afirmam: ‘O livro não morreu e nem vai’
Foi disponibilizado um pequeno trecho (apenas 3 minutos) da mesa “O livro: capítulo 2”.
Veja abaixo ou na página do canal da FLIP no Youtube.
Pornografia para bibliófilos:
Bookshelf Porn
A collection of all the best bookshelf photos for people who *heart* bookshelves.
(Uma coleção das melhores fotos de prateleiras para livros para pessoas que *amam* prateleiras para livros)
Uma estante-porta-passagem secreta que leva a uma sala com vários outros livros. É difícil escolher uma foto preferida, mas fiquei apaixonada por essas estantes “mágicas” :)
Estantes clássicas, numa casa em Bruxelas
“Livros de Horas manuscritos: uma abordagem codicológica” é o meu trabalho de conclusão do curso de graduação em Biblioteconomia.
Para entender melhor o trabalho, um trecho do resumo:
Apresenta um estudo sobre os Livros de Horas manuscritos produzidos até o século XV – um tipo específico de livro manuscrito, feito para a comunidade laica e considerado best-seller medieval, que serviu como referência para a elaboração dos primeiros livros impressos. Aborda o assunto sob o viés da Codicologia, que estuda os aspectos materiais dos livros, comentando sobre a abrangência dessa disciplina.
O relato da caça às fontes de informação
Recordo que a pesquisa por fontes de informação foi trabalhosa. O estudo dos Livros de Horas é um assunto popular e por isso são abundantes as fontes que tratam deles, mas geralmente encontramos informações sobre as iluminuras, miniaturas, seu processo de manufatura e importância histórica; quando se trata da estrutura textual e imagética desses livros, é mais difícil encontrar fontes específicas e a maior parte das que foram encontradas estão disponíveis em inglês.
Depois de encontrar as fontes que tratavam desses aspectos e pareciam ser as mais adequadas (Time sanctified e Painted prayers), o mais complicado foi ter acesso à informação.
Os livros não estavam disponíveis em bibliotecas no Brasil, portanto decidi comprá-los. Um deles estava esgotado (atualmente os 2 estão esgotados na Amazon), o que iniciou uma busca em sebos através da Amazon e da Abebooks. Encontrei alguns exemplares do livro esgotado: a maioria por cerca de US$100 e apenas um dos exemplares por US$13,16; a disparidade de preços era tão grande que fiquei desconfiada, mas resolvi arriscar e decidi encomendar.
Outra dificuldade: a livraria só enviava para os Estados Unidos; por sorte, um amigo que mora por lá se dispôs a trazer o livro para mim. Finalmente, alguns meses depois, o livro estava em minhas mãos; e ele era tão bom, mas tãaooo bom, que num momento de loucura pensei em desistir do meu projeto, afinal, pensei, “esse livro já tem tudo”.
Ainda bem que o surto passou (com a ajuda da orientadora, amigos e família) pois o livro, apesar de excelente, não tinha tudo e eu adorei o resultado final do trabalho. Além de ter aprendido muita coisa sobre Livros de Horas, codicologia e fabricação de manuscritos, me sinto feliz por ter produzido um material que tem potencial para auxiliar a pesquisa de outras pessoas.
A principal contribuição desse trabalho, aliás, é reunir informações fundamentais sobre Livros de Horas, dispersas em diferentes fontes muitas vezes não disponíveis em português, facilitando a pesquisa e a identificação material desses livros.
Se quiser saber mais, o trabalho está disponível em:
Livros de Horas manuscritos: uma abordagem codicológica
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